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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Educação a distância se reinventa e conquista o brasileiro

A educação a distância está indo longe no Brasil. Somente em 2008, data do último levantamento realizado pela Associação Brasileira de Ensino a Distância, havia mais de 2,6 milhões de brasileiros estudando online. Até o ano passado, o segmento tinha uma oferta de 1.752 cursos. Atualizados para os dias de hoje, estes números podem ser ainda maiores, mas nem sempre foi assim. A baixa adesão até os anos 2000 era reflexo de um modelo que privilegiava a tecnologia em detrimento de uma metodologia própria, o que hoje faz toda a diferença.

O modelo nascido no século XIX viveu por muitos anos atrelado unicamente à tecnologia de sua época. Primeiro, o ensino era difundido por correspondência. Depois veio o rádio, a televisão, o CD, a transmissão via satélite e, mais recentemente, a internet. Como em muitos mercados, a web revolucionou a forma de estudar a distância. Trouxe um mundo de conexões para o segmento, interatividade, mobilidade e flexibilidade, ingredientes fundamentais para o sucesso de escolas especializadas como FGV online e Englishtown e para a aposta de empresas como Petrobras, Vale, Banco do Brasil e Pirelli em seu modelo mais barato e de maior abrangência.

Mais do que uma plataforma favorável à educação a distância (EAD), a grande revolução está na metodologia. “Durante um bom tempo, o ensino a distância foi visto como de segunda classe porque ele sempre aconteceu a reboque das mídias. Nunca a partir de uma plataforma pedagógica”, aponta Tatsuo Iwata Vice-Diretor Geral da ESPM-RJ. “Hoje, as instituições estão pensando em como criar programas em que o projeto pedagógico tenha uma metodologia própria, construindo cursos que levem em consideração a linguagem correta”, afirma o especialista no assunto em entrevista ao Mundo do Marketing.

Modelo sofre transformação
“O EAD ressurgiu nos anos 2000 com foco no aluno. Antes, o foco era na tecnologia e não pensava no estudante. Usaram o meio como um fim achando que era o suficiente. A tecnologia serve para facilitar a interação entre as pessoas”, ressalta Felipe Spinelli, Gerente Comercial e de Marketing do FGV online. Houve uma transformação no modelo com a entrada na era multimídia e digital, com uma rede como a internet que permite atualização e interação entre as pessoas em tempo real, a partir de uma plataforma social. “Se compararmos o que tínhamos nas décadas de 1960 e 1970, o que vivemos hoje é uma revolução”, completa Persio De Luca, Gerente Geral da EF Englishtown no Brasil.

O que antes se resumia a papel e texto ou apenas a uma voz, hoje ganhou contornos praticamente infinitos. Há texto, áudio, vídeo, trechos de filmes em alta definição, desenho, animação, cases, hipertexto, fóruns de discussão, chats, reconhecimento de voz e já se cogita até o dia em que o professor se materializará na frente do aluno onde quer que ele esteja com tecnologia de realidade virtual. Só o novo método da Englishtown é resultado de nada menos do que US$ 55 milhões investidos em pesquisa e desenvolvimento realizado em Xangai, Zurique e na Universidade de Cambrigde, sem contar os mais de 500 vídeos produzidos com atores e roteiristas de Hollywood. Tudo isso para atender 100 mil alunos, sendo 20 mil corporativos e dar conta de um crescimento de 60% ao ano

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