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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sem coronéis‏

Diário de Pernambuco | Coluna Diário Urbano
Jaílson da Paz
14/12/2011
O programa de construção de cisternas no semiárido nordestino pode não ser unanimidade, mas beira isso. Recebeu elogios da ONU, dos órgãos de controle da União e chamou a atenção de governos de pelo menos 20 países. Até comenda do presidente Lula mereceu. Por tantos elogios, gente de diferentes setores se perguntava ontem o porquê do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) anunciar que não renovará a parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). Ou seja, o repasse de R$ 120 milhões. Estaria por trás dessa atitude, a punição a todas as ONGs, em virtude dos desvios descobertos no Ministério dos Esportes, ou seria o reflexo da nova política gerencial do governo Dilma Rousseff, com ênfase em metas? Uma ou outra opção, o ministério deveria pensar que não se faz políticas públicas pensando-se apenas em cifrões. O retorno de determinados programas se mede tanto na melhoria da qualidade de vida quanto na possibilidade de fazer as pessoas pensarem. Ao se discutir a importância das cisternas, como se faz com programa da ASA, os moradores do semiárido se descobrem cidadãos. Escapam da armadilha do clientelismo que pautouo Sertão - seja na figura dos coronéis, seja na figuras de municípios ou estados - por séculos.