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terça-feira, 2 de novembro de 2010

ALÔ, ALÔ, TEREZINHA, TEM PRODUTOS ORGÂNICOS NA SUA CESTINHA?


A GfK, quarta maior empresa de pesquisa de mercado no Brasil e quarto maior grupo mundial do setor, avaliou a presença dos produtos orgânicos (alimentos sem agrotóxicos, carne sem hormônios ou sem antibióticos) na cesta de compra dos brasileiros. De acordo com o estudo, 42% dos entrevistados nunca adquirem produtos orgânicos. A diferença de consumo entre as classes sociais é grande. Os integrantes das classes C e D, com 52%, são os que menos compram alimentos desse tipo. Nas classes A e B o índice dos que nunca compram cai para 33%.
“Embora os produtos orgânicos tenham um apelo de saudabilidade, que é cada vez mais forte junto aos consumidores, a percepção em geral da população é que possuem preços mais altos que os similares não-orgânicos, mesmo que em alguns casos isso já não corresponda à realidade. Essa percepção faz com que muitos consumidores nem incluam este tipo de produto na sua opção de compra, em especial aqueles consumidores com maior restrição orçamentária, de classes C e D”, explica Mário Mattos, diretor de marketing da GfK.

Além das discrepâncias de comportamento entre as classes, a pesquisa revela ainda que aspectos regionais também interferem na aquisição dos produtos orgânicos. No Nordeste do País está concentrada a maior parte dos entrevistados que nunca compram tais produtos, com uma taxa de 48%.
Na Região Metropolitana de São Paulo (excluindo a capital), a percentagem é de 47% e apresenta um contraste com a capital, com 39%. De acordo com Mattos, isso ocorre especialmente em função da maior concentração de classes com maior rendimento (A e B) na capital em relação ao restante da Região Metropolitana.

Ao avaliar por faixa etária, destacam-se entre os que nunca compram orgânicos aqueles que têm idades dos 25 aos 34 e dos 45 aos 55 anos, com 44% e 45% respectivamente.
Nota-se ainda que a compra de orgânicos se dá mais entre os mais velhos. Entre os 8% que afirmam comprar sempre alimentos sem agrotóxicos, hormônios ou antibióticos, 16% têm mais de 56 anos.
A preocupação e cuidado com a saúde tende a ser maior entre as pessoas de mais idade, gerando maior mudança em hábitos alimentares”, afirma Mattos.

A pesquisa, realizada em julho deste ano, ouviu 1.000 pessoas, a partir dos 18 anos, de 12 cidades das regiões metropolitanas brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

UMA RESPOSTA QUE ATÉ CANDIDATOS “IMPERGUNTÁVEIS” SÃO CAPAZES DE DAR


O WWF-Brasil lança o movimento “Cuidar da natureza é cuidar da vida” sobre a importância da conservação da biodiversidade, como um alerta às consequências que o descuido com a natureza pode provocar. Associada à meta do WWF-Brasil de contribuir para que a sociedade brasileira alcance o desmatamento zero até 2015, a iniciativa teve uma primeira etapa que, durante o mês de setembro, instigou a população a responder à pergunta “O que você precisa pra viver?”. Sem saber que o WWF-Brasil era o autor da campanha idealizada pela Repense, foram enviadas respostas variadas. Neste 18 de outubro, ao lançar o movimento, a organização dá a resposta “Para viver você precisa que a natureza também viva”, acompanhada de uma lista com 10 áreas prioritárias para a criação de novas unidades de conservação na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.
Amor, amigos, sol, saúde e família foram as principais respostas da primeira etapa coletadas nas ruas, no Twitter, no Facebook e no Youtube. “A ausência da natureza nesse tipo de preocupação mostra a necessidade de valorização desse tema na opinião pública nacional”, afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. “Esse processo de conscientização sobre o papel que a biodiversidade tem na vida de todos nós é mais urgente do que nunca, pois não é exagero dizer que, vivemos uma crise de biodiversidade, que coloca em risco a nossa saúde e meios de subsistência. Podemos reverter essa situação, por isso a campanha pretende indicar soluções para a sociedade brasileira.”
A resposta “Para viver você precisa que a natureza também viva” sustenta sua argumentação na manutenção dos serviços ecológicos, como o equilíbrio climático e a prevenção e recuperação de desastres ambientais; no uso direto da biodiversidade, como os recursos naturais que fornecem remédios, fibras e combustíveis para a garantia do nosso bem-estar; na segurança de estoques de alimentos naturais como peixes, frutas e verduras; e no uso público, pois as áreas protegidas também podem ser fonte de lazer e aprendizado. Sem esquecer os benefícios econômicos, pois a biodiversidade é um recurso do qual dependem famílias, comunidades e gerações futuras.
A campanha de comunicação integrada desenvolvida pela Repense inclui ações on-line, com foco nas mídias sociais, estratégia de propaganda e ações de mobilização urbana para implementação nos próximos meses.
Grandes empresas também aderiram à primeira etapa do movimento, apoiando a disseminação da mensagem. O Walmart Brasil veiculou a vinheta “O que você precisa para viver?” em quatro mil televisores em suas lojas por meio de seu canal TV Walmart; o Yazigi divulga mensagens em sua rede que conta com 420 escolas; a Seguros Unimed espalhou peças da campanha por sua comunicação interna; os hotéis da rede Sol Meliá em Brasília prepararam uma comunicação especial para engajar os hóspedes no movimento, com cartazes nos elevadores e cartões-postais na recepção; e a indústria farmacêutica Boehringer Ingelheim programou a distribuição de cartões postais da campanha e sementes para o público do Edifício Rochaverá, o primeiro empreendimento greenbuilding de São Paulo.
WWF-Brasil propõe a criação de unidades de conservação em 10 áreas prioritárias
Em tempos relativamente recentes, o mundo começou a perder espécies e habitats a uma velocidade alarmante. Na área de farmacologia, a estimativa é que entre 50 mil e 70 mil espécies vegetais sejam fontes de ativos para uso na medicina tradicional e moderna em todo o mundo. A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais e a expansão urbana e industrial levam muitas espécies à extinção. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. Avaliações sugerem que, se esse ritmo se mantiver, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.
Por isso, uma ação diretamente ligada ao movimento é a proposta de criação de unidades de conservação em dez áreas prioritárias. Estes espaços instituídos pelo poder público terão a finalidade de conservar as características naturais relevantes em cada área. A lista criada pelo WWF-Brasil é uma sugestão para o governo brasileiro alcançar, ainda em 2010, as metas de cobertura natural protegida por unidades de conservação estabelecidas pela Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (CDB).
Os focos são a Reserva Extrativista Baixo Rio Branco – Jauaperi (Amazonas), o Parque Nacional dos Lavrados (Roraima), o Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Goiás), o Parque Nacional Boqueirão da Onça (Bahia) e outras unidades no Cerrado do Amapá, no Tabuleiro do Embaubal (Pará), no Croa (Acre), no extremo Sudoeste do Pantanal e em Bertioga, São Paulo. No âmbito da CDB, o governo brasileiro se comprometeu a garantir a cobertura, por unidades de conservação, de 10% em cada bioma (conforme a área original) e de 30% na Amazônia. Hoje, somando todas as unidades existentes no País, ainda resta proteger aproximadamente 2,5% do território nacional em área terrestre e 8,5% em área marinha.

Sobre o WWF-Brasil (www.wwf.org.br/cuidardanatureza)

O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o País e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.